Pegando carona nos dois últimos posts do Amancio, eu vou falar de uma fuga muito particular, a Sonata K. 30 em Sol menor de Domenico Scarlatti (1685-1757), mais popularmente conhecida como “Fuga do Gato”. (não reparem na mulher de pé) Esta sonata está presente no volume dos Essercizi per gravicembalo que o compositor publicou em […]
O Fernando já falou sobre música e cinema, vou aproveitar a deixa para falar de um dos melhores filmes já feitos sobre música: Tous les matins du monde, de 1991, do recém-falecido Alain Corneau. O filme narra basicamente a relação entre Marin Marais, o famoso compositor do barroco francês, e seu mestre, Jean de Sainte-Colombe. […]
Cartaz divertido de divulgação A Companhia Brasileira de Ópera, projeto do maestro John Neschling de criar uma companhia itinerante de ópera, fez sua estreia nesta semana em Belo Horizonte com a ópera O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini. A principal idéia da Companhia, pelo que pude perceber, é reunir um grupo de cantores e […]
A Fundação Clóvis Salgado (para quem não conhece os meandros da vida cultural de Belo Horizonte, é a fundação que gerencia o maior teatro da capital mineira, o Palácio das Artes) programou para a comemoração de seus 40 anos uma apresentação da Traviata de Giuseppe Verdi. Esta foi a terceira ou quarta apresentação desta ópera […]
Eu fiz um post sobre a forma sonata, e ainda vou voltar ao tema, mas acho que seria interessante fazer um pequeno a parte sobre forma musical. Normalmente estamos acostumados a falar em forma quando falamos de uma forma que, se não foi previamente estabelecida, como a fuga ou a sonata no século XIX, é […]
Hoje o Dunga divulgou sua seleção para a Copa do Mundo. Nós aqui do Euterpe, como o futebol tem pouca influência na música erudita (só sei de uma obra musical com influência futebolística: Santos Football Music de Gilberto Mendes [tinha que ser brasileiro!], e sim, o Shostakovich era um torcedor fanático do Spartak de Moscou), […]
A interpretação de época tem uma estética própria, muito disso vem do gosto pelo choque, pelo estranho – algo que compartilha nada menos do que com a estética contemporânea. A maneira de tocar “seca”, extremamente rápida, a articulação fortemente marcada, o uso de timbres diferentes, tudo isso criou no primeiro ouvinte um choque profundo, em […]
Terminamos o último post falando das vantagens que a HIP trouxe ao descobrir informações importantes sobre a prática musical passada. Entretanto, um fato interessante que praticamente todo o público leigo pode ignorar: não há exatamente um rigor científico na aplicação desses dados. Por exemplo, fraseados e interpretações fornecidos para um momento histórico e localização geográfica […]
Mas qual foi o começo e quais são as bases desse movimento? O primeiro fato, e o que às vezes mais impressiona o ouvinte comum, tão acostumado com a retórica do grupo, é que, via de regra, a participação e a influência acadêmica no campo da performance histórica é bastante limitada, ou mesmo inexistente. Harnoncourt […]
Provavelmente a maior parte do público tomou conhecimento do termo Historically Informed Performance, performance historicamente informada (a partir de aqui vou usar a sigla inglesa, já consagrada, HIP), por volta da década de 60. Embora elas tenham explodido para o mainstream nos anos 60, não é ali que nós devemos colocar seu início, pois elas […]