Pensemos em outras artes: como reconhecer a beleza arrebatadora de um verso em um poema ou de uma fala em um filme cuja língua nós desconhecemos? Do mesmo modo, a música também é uma linguagem que conversa conosco e, se não a entendermos como linguagem, seremos surdos ao que o compositor quis nos dizer. Claro, que isso não corresponda a uma curiosidade científica ou tecnicista, nem signifique que teremos que nos profissionalizar em música para acessar essa linguagem: basta aprendermos como acompanhar a história que a forma e os temas de uma música nos contam! A categoria "Teoria da música" reúne textos didáticos sobre teoria musical, sempre com áudios para tornar o entendimento prático, e não meramente conceitual.
Você já foi assistir a uma orquestra sinfônica e durante o concerto só ficou pensando no que ia fazer assim que chegasse em casa? Em quantas vezes iria ao banco durante a semana? Em como estaria a sua vida dali a dez anos? No final, não soube sequer dizer o que achou do que ouviu? […]
Pessoal, feliz ano novo! Em comemoração ao ano que se inicia, Euterpe oferece aos seus leitores um vibrante post-concerto de ano novo, inspirado no tradicional concerto que acontece em Viena sempre no primeiro dia do ano. Mas, como aqui no blog nós sempre misturamos um pouco de informação e teoria junto com a música, vamos […]
O Bolero de Ravel é uma excelente obra para um iniciante aprender o nome (e o som) dos instrumentos de uma orquestra sinfônica. Se para você só estava faltando a lista com a sequência dos instrumentos da música, agora não falta mais: continue lendo. O que é o Bolero de Ravel? Boléro é uma obra […]
Enquanto juntava material para o meu próximo post, o blog recebeu uma mensagem de uma leitora em apuros com uma dúvida muito comum: quais as diferenças, na prática, entre o estilo Barroco e o estilo Clássico? Por que a Primavera de Vivaldi é considerada barroca e a Sinfonia 25 de Mozart, clássica? Foi aí que […]
. Escrevi rapidamente sobre a forma do concerto barroco quando analisei o Concerto de Outono, das Quatro Estações do Vivaldi. Mas a partir do classicismo, o primeiro movimento de um concerto passou a ser escrito numa forma-sonata ligeiramente diferente da forma-sonata tradicional. Vou resumir aqui as diferenças básicas e depois comentar algumas das (muitas) exceções […]
No post anterior, soubemos o que é uma fuga e entendemos os conceitos básicos do gênero, tais como sujeito, exposição, entradas, episódios e stretto, entre outros. Hoje vou falar sobre técnicas de composição que podem ajudar a enriquecer uma fuga. Estou usando So You Want to Write a Fugue de Glenn Gould como guia, mas […]
Ainda hoje se discute se fuga é uma forma (como a forma-sonata e o tema com variações), ou uma maneira de escrever música. Por que a discussão? Ora, pois as fugas não têm um “modelo” em comum: não existe uma fuga igual a outra em termos de estrutura. Assim… como explicar uma fuga, se cada […]
Antes de Vivaldi não havia um modelo para o concerto solista, e cada compositor escrevia de acordo com seu próprio estilo. Os mais comuns recaíam no formato da sonata da chiesa (movimentos lentos e rápidos alternados, às vezes incluindo uma fuga) ou na sonata da camera (prelúdio e sequência de danças). Vivaldi seguiu o modelo […]
A cassação era um gênero orquestral para acompanhar e celebrar um acontecimento social importante (recepção oficial, encerramento do ano universitário etc.), assim como a serenata, especialmente no século XVIII. O divertimento era um gênero mais leve e composto para eventos mais simples. O ritual da apresentação da cassação/serenata era o seguinte: 1º) Ao anoitecer, os […]
Bruno explicou a forma-sonata num post recente, pois eu continuo a missão de explicar o básico tratando hoje de uma das formas de variação que é o Tema com Variações. Mas o que é uma variação? Toda vez que um compositor pega um determinado tema e submete-o a uma transformação de um certo tipo, ele […]