Fernando Randau

Vanvan Beethoven

E se os concertos fossem narrados como jogos de futebol?

Já imaginaram se os concertos de música clássica fossem tão populares quanto os jogos de futebol? Talvez nós tivéssemos algo como isso: [audio:http://euterpe.blog.br/wp-content/uploads/2014/06/JogoDaQuinta-128.mp3|titles=Transmissão do Jogo da Quinta Sinfonia de Beethoven] PS.: A idéia não foi nossa; a original é do Peter Schickele, também conhecido como P.D.Q. Bach, narrando a sinfonia como um jogo de basebol. […]


11/06/14 •    9

Verdi, leitor de Shakespeare: II. Otello

Em meu post anterior tratei da relação da primeira das óperas de Verdi baseadas em Shakespeare: MacBeth, e minha idéia é que bastava mais outro para tratar das outras duas, Otello e Falstaff. Contudo, a realidade exige mais atenção tanto em Otello quanto em Falstaff, afinal, as circunstâncias se alteram de modo significativo em comparação com o […]


30/09/13 •    9

Verdi, leitor de Shakespeare: I. Macbeth

Quem tiver a curiosidade de conhecer óperas baseadas nos trabalhos de William Shakespeare deve lidar com o fato de que nada menos do que vinte e três de seus trabalhos já foram musicados – e não ficarei surpreso se essa conta estiver defasada. Compositores dos mais românticos, sobretudo, idolatravam o inglês, e talvez uma obra tão […]


18/12/12 •    7

Telemann, Strauss e De Falla, autores do Quixote

Personagem fundamental da literatura ocidental, Dom Quixote foi fonte de inspiração musical desde a publicação de sua primeira parte, em 1605. Harold Bloom, que coloca Cervantes ao lado de Shakespeare e Dante, sugere que ninguém lê o mesmo Don Quijote: se um crítico como Auerbach encontrou ali uma alegria universal na sátira do romance com […]


27/10/12 •    5

Rienzi, de Wagner, e seu destino infeliz

Se é possível uma introdução equivocada para a obra wagneriana, esta deve ser ouvir Rienzi, der Letzte der Tribunen (“Rienzi, o Último dos Tribunos”), de 1840. Quem ouve Tristão e Isolda ou mesmo sua ópera imediatamente seguinte, O Navio Fantasma, se surpreende com a diferença: a terceira ópera de Wagner parece um ponto fora da […]


28/09/12 •    5

Beethoven republicano

Em meu post anterior, sugeri que convicções políticas dos compositores – quando eles tinham alguma – na grande maioria das vezes tinham bem pouca relevância em seus trabalhos, e isso se devia pelas razões mais prosaicas, como a necessidade financeira. Contudo, não quero dizer que eles viveram isolados da realidade, e é evidente que é […]


25/07/12 •    2

Em quem os compositores votavam? Algumas notas sobre músicos e política

Há algum tempo encontrei um gráfico do Political Compass que procura comparar a opinião política dos compositores. Para tanto, eles construíram um método onde a diversidade de posições ideológicas não fica só na tradicional distinção entre esquerda e direita, acrescentando para tanto a variável se os compositores são mais autoritários ou o inverso disso, mais libertários. Ainda que abusando do […]


01/06/12 •    10

Música clássica no cinema: os exemplos de Kubrick, Visconti e Fellini

Trilhas sonoras surgem com propósitos bem definidos, de modo que seria exigir demais que elas sejam grande música quando só precisam ser memoráveis com as imagens que acompanham. Algumas parcerias entre diretores e compositores – Spielberg e John Williams, Kieslowski e Preisner, Leone e Morricone, dentre outros – atestam a centralidade da composição para um […]


02/02/12 •    8

Música como autobiografia: II. Liszt e o oratório Christus

Enquanto escrevia meu post anterior sobre Berlioz, ocorreram-me outros exemplos de como determinados compositores – sobretudo românticos – usaram suas obras musicais para criar elaborados comentários autobiográficos. Não se tratou, para eles, de simplesmente pôr a vida em música, mas de criar uma imagem ideal de si mesmos, com todas as virtudes e defeitos que […]


26/12/11 •    6

Música como autobiografia: I. Berlioz e a idée fixe

Pode-se dizer que, cumprindo uma seqüência quase natural, artistas costumam descobrir e apresentar ao mundo os problemas que atingem o espírito humano muito antes dos médicos – e Freud, ciente disso, admitiu que tudo aquilo que ele disse os poetas já haviam dito antes. É lembrando disso que gostaria de tratar aqui de uma curiosa […]


10/12/11 •    8