19abr 2017
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15 óperas para ouvir antes de morrer

Há alguns anos o jornal inglês The Guardian publicou uma boa lista com as maiores óperas da história. A partir dela, no sentido de orientação aos iniciantes no gênero, decidi fazer uma seleção pessoal, com algumas adaptações, daquelas 15 que considero essenciais num acervo. Foi indicada uma obra por compositor, tarefa difícil em alguns casos (como Mozart) e fácil em outros (Bizet). As obras estão dispostas em ordem cronológica, por ano de estreia. Assim, vejamos.

1

L’ORFEO

Claudio Monteverdi

Mântua, Itália, c. 1607

Com um músico como herói mitológico, L’Orfeo surge como a primeira grande ópera da história. Monteverdi foi o pai-fundador deste gênero musical. No início da ópera, o “Espírito da Música” explica o poder da música, e especificamente o poder de Orfeu, cuja música é tão poderosa que é capaz de mudar a atitude dos próprios deuses. Eurídice morre de uma picada de cobra. O triste Orfeu, por meio de sua música, tenta salvá-la do submundo. Tema lírico muito popular (musicado por Gluck, Offenbach, Glass), L’Orfeo é emocional, melancólica e transcendente. Outro belo trabalho de Monteverdi é L’Incoronazione di Poppea.

Gravação selecionada: Gardiner/Archiv

L'ORFEO

2

DIDO AND AENEAS

Henry Purcell

Londres, Reino Unido, 1689

Único sucesso operístico em inglês até o século 20, a história é baseada no livro IV de Eneida, do poeta romano Virgílio, que narra o amor da rainha de Cartago Dido, pelo herói troiano Enéias, que a leva ao desespero quando é abandonada por ele. Além de marinheiros e bruxas, Purcell nos deu um dos lamentos mais sublimes em ópera: a ária “When I am laid in earth”, que Dido canta antes do seu suicídio. É uma ópera sonoramente colorida e curta, durando cerca de 50 minutos. Um Purcell mais grandioso pode ser encontrado em The Fairy-Queen.

Gravação selecionada: Jacobs/Harmonia Mundi

DIDO AND AENEAS

3

GIULIO CESARE IN EGITTO

Georg Friedrich Händel

Londres, Reino Unido, 1724

Um épico de amor e guerra, geralmente considerado o melhor trabalho de Händel, Giulio Cesare tem uma trama ricamente construída, com o bônus de uma Cleópatra brilhantemente caracterizada e escandalosamente sedutora. César, escrito para castrato, é geralmente cantado por um contratenor. A ópera é longa, mas está recheada de belas árias, duetos, com trompa solista, violino imitando passarinho, melodias arrebatadoras. Talvez seja essa a mais bela ópera de todo o Barroco. O melhor de Händel também pode ser ouvido em Rodelinda, Alcina, Ariodante e Rinaldo.

Gravação selecionada: Jacobs/Harmonia Mundi

GIULIO CESARE

4

LA SERVA PADRONA

Giovanni Battista Pergolesi

Nápoles, Itália, 1733

Essa ópera ligeira e despretensiosa, com uma divertida história de apenas três personagens, sendo um deles mudo, tornou Pergolesi conhecido internacionalmente. Foi escrita apenas para preencher um intervalo entre os atos de outra ópera. É considerada a primeira ópera cômica. Traz uma criada namoradeira que finge ser a própria patroa para enganar o amante. Suas melodias são fascinantes. A peça foi o estopim de uma polêmica que agitou os meios musicais franceses muito após a morte de Pergolesi: a Querela dos Bufões. Em 1752, uma companhia italiana apresentou La Serva Padrona em Paris, no intervalo da ópera Acis et Galatée de Lully. Foi o suficiente para despertar a fúria entre os partidários da tradição francesa e os defensores do estilo italiano.

Gravação selecionada: Rovaris/Arthaus

LA SERVA PADRONA

5

ORFEO ED EURIDICE

Christoph Willibald Gluck

Viena, Áustria, 1762

Escrito em italiano, esse drama intenso foi posteriormente revisto como o francês ORPHÉE ET EURYDICE. Traz uma mistura de antigos e novos estilos, no caminho para o Romantismo. É considerada uma das óperas-chave do século XVIII. Foi a primeira manifestação da reforma sobre a ópera planejada por Gluck, que focava a ação dramática, em lugar das distrações virtuosísticas. Já no início se percebe sua beleza diferenciada: um coro lamenta a morte de Eurídice em som grave e profundo, enquanto Orfeu chora por ela num canto estratosférico. O momento mais famoso da ópera é a ária “Che farò senza Euridice?”, que virou ária de concerto de inúmeros cantores. Outras preciosidades de Gluck são: Iphigénie en Tauride, Paride ed Elena e Alceste.

Gravação selecionada: Muti/EMI

ORFEO ED EURIDICE

6

LE NOZZE DI FIGARO

Wolfgang Amadeus Mozart

Viena, Áustria, 1786

Juntamente com Don Giovanni e Così Fan Tutte, que compõem o trio de obras-primas de Mozart com libreto de Lorenzo da Ponte, Figaro é considerada por muitos a ópera perfeita: um balanço de sagacidade, humanidade e música sublime. Por satirizar certos costumes da nobreza, a obra gerou polêmica na sua estreia. Um dos seus pontos fortes é a riqueza dos conjuntos vocais, mais eficientes na condução da ação dramática do que os antigos recitativos. À medida que o drama se intensifica, Mozart sofistica a escrita, trazendo os personagens ao palco, numa complexa rede de solos e conjuntos cantando em múltiplas combinações, e um clímax de sete, oito vozes no segundo e quarto atos. Brahms chegou a afirmar: “Em minha opinião, cada número de Figaro é um milagre; está totalmente além de minha capacidade entender como alguém criou algo tão perfeito; nada jamais foi feito assim, nem mesmo por Beethoven”.

Gravação selecionada: Currentzis/Sony

LE NOZZE DI FIGARO

7

MÉDÉE

Luigi Cherubini

Paris, França, 1797

Medeia foi composta a partir da tragédia de Eurípides e da peça de Corneille. A primeira versão da ópera, em francês, teve uma recepção pouco entusiástica. A mais bela, em italiano, estreou em Viena, em 1802. O papel da figura mitológica é famoso pela dificuldade em interpretar a vingativa protagonista. Algumas das famosas intérpretes do papel incluem Maria Callas, Dame Gwyneth Jones e Montserrat Caballé. A música molda com perfeição o caráter maternal e assassino de Medeia de forma sombria, enérgica e tensa, de acordo com a crescente tensão do drama. Com a faca banhada pelo sangue dos filhos ao final, Medeia desaparece diante das chamas do templo onde estava refugiada, enquanto a população corre desorientada de um lado para outro no palco. Nessa agonia, fecham-se as cortinas.

Gravação selecionada: Gardelli/Decca

MÉDÉE

8

IL BARBIERE DI SIVIGLIA

Gioacchino Rossini

Roma, Itália, 1816

Puro, engraçado, delicioso, efervescente, terrivelmente difícil de cantar: O Barbeiro de Sevilha, escrito em duas semanas por um compositor que já havia escrito 35 óperas com 37 anos de idade e logo se aposentou, encabeça a lista de todas as comédias em forma de ópera. Muito além do famoso “Figaro cá, Figaro lá”, a obra-prima de Rossini traz um impecável libreto absolutamente conectado com a música ideal, cheia de ritmos marcantes, melodias irresistíveis e situações muito engraçadas. É a primeira parte da mesma peça que gerou Le Nozze di Figaro, de Mozart, 30 anos antes. Sua estreia foi um fracasso, graças a partidários de rivais do compositor e acidentes no teatro – chegou a haver incêndio. Tudo mudou rapidamente e, logo após uma semana, a obra já era um sucesso imbatível.

Gravação selecionada: Marriner/Philips

IL BARBIERE DI SIVIGLIA

9

NORMA

Vincenzo Bellini

Milão, Itália, 1831

Ostentando a famosa ária “Casta Diva”, Norma é a grande tragédia do Bel Canto e apresenta uma sacerdotisa druida que, secretamente, tem dois filhos com um amante delinquente, o que trará resultados catastróficos. O papel principal é geralmente avaliado como um dos mais difíceis do repertório de soprano. Foi criado para a maior cantora da época: Giuditta Pasta. Durante o século XX, apenas um pequeno número de vozes foi capaz de desempenhar Norma com sucesso: Rosa Ponselle, no início da década de 1920, Dame Joan Sutherland, a partir da década de 1960, e, mais recentemente, Montserrat Caballé, Beverly Sills e Edita Gruberova. Maria Callas foi a mais famosa Norma no período pós-guerra. Ela o representou cerca de 100 vezes.

Gravação selecionada: Bonynge/Decca

NORMA

10

LUCIA DI LAMMERMOOR

Gaetano Donizetti

Nápoles, Itália, 1835

Ninguém oferece uma melhor “cena da loucura” com coloratura – hábito da ópera romântica do século XIX – do que Donizetti em sua Lucia. Até a metade do século XX, a protagonista era interpretada por sopranos ligeiros de coloratura, com vozes pequenas e ágeis e registro agudo brilhante e fácil. A ópera era até então considerada pouco dramática e associada apenas às pirotecnias vocais das cantoras. Foi Maria Callas que iniciou uma nova forma de cantar e representar Lucia, intensificando sua carga dramática. Em 1959, Dame Joan Sutherland viu sua carreira decolar com uma extraordinária interpretação de Lucia em Londres. Na cena de loucura, Lucia, depois de obrigada a casar com Arturo, resolve num acesso de loucura assassiná-lo na noite de núpcias. Ao regressar ao palco, interpreta um conjunto de árias de exigência vocal extrema, expressando vários estados psíquicos, que vão desde a mais pura insanidade, até a mais suave e bela alucinação.

Gravação selecionada: Bonynge/Decca

LUCIA DI LAMMERMOOR

11

LA TRAVIATA

Giuseppe Verdi

Veneza, Itália, 1853

Talvez a obra mais executada de Verdi, La Traviata contém elementos fortemente atrativos numa ópera, além de uma bela e impecável partitura: uma tuberculosa e decadente heroína; grandes cenas de festas parisienses; um amor ardente; um pai perturbado e uma cena no leito de morte. O libreto se baseia na peça teatral “A Dama das Camélias”, do francês Alexandre Dumas Filho, que conta a história real da prostituta Marie Duplessis, sua amante e uma das musas da alta sociedade parisiense na década de 1840. O momento mais famoso da obra é o chamado “Brindisi”, quando o tenor faz um brinde ao vinho e ao prazer, acompanhado por Violetta e convidados da protagonista numa festa em sua casa, que abre a ópera.

Gravação selecionada: Pritchard/Decca

LA TRAVIATA

12

CARMEN

Georges Bizet

Paris, França, 1875

Existe uma ópera mais sedutora, escandalosa e recheada de bela música? Uma dançarina cigana na fábrica de cigarro que destrói corações ao lado de uma arena de touradas é um começo ideal para uma ópera. É longa, mas a ação é emocionante – e a música, contagiante. Tudo se passa em Sevilha, ou seja, a Espanha inunda a partitura com seus ritmos marcantes. O caráter transgressor da protagonista provocou severas críticas na estreia da ópera, em março de 1875. A aclamação popular só aconteceu em outubro daquele ano, quando foi encenada em Viena, sob os aplausos de nada menos que Brahms, Wagner, Tchaikovsky e Nietzsche. A chamada “Canção da Flor” de Don José, a “Canção do Toreador” e a Habanera de Carmen são os mais conhecidos de um conjunto de vários números espetaculares.

Gravação selecionada: Solti/Decca

CARMEN

13

DER RING DES NIBELUNGEN

Richard Wagner

Bayreuth, Alemanha, 1876

O Ciclo do Anel é composto por quatro óperas: Das Rheingold, Die Walküre, Siegfried e Götterdämmerung – em ordem cronológica de enredo, que duram cerca de 15 horas no total. Wagner levou 26 anos para compor o conjunto. Envolvendo ouro, deuses, gigantes, gnomos, dragões, é realmente uma exploração épica do desejo humano, ambição e loucura. São criaturas mitológicas em volta do anel mágico cuja posse garante poder sobre todo o mundo. O ciclo é modelado assim como os dramas do teatro grego em que eram apresentadas três tragédias e uma peça satírica. A história do Anel propriamente dita começa com Die Walküre e termina com Götterdämmerung, de forma que Das Rheingold serve como um prelúdio. Acima de qualquer avaliação, o Anel está entre os mais poderosos monumentos de arte criados por uma única pessoa.

Gravação selecionada: Solti/Decca

RING DES NIBELUNGEN

14

TOSCA

Giacomo Puccini

Roma, Itália, 1900

Apelidada de “uma historiazinha ultrapassada” na sua estreia, Tosca inicia com três golpes das cordas da orquestra e não sossega até a heroína da ópera, depois de ter esfaqueado o vilão Scarpia e observado seu amante Cavaradossi morrer, saltar para a sua própria morte. Sua “Vissi d’arte” e a “E lucevan le stelle” de Cavaradossi ilustram bem o poder da ópera para ferver paixões. Puccini esbanja habilidade musical na caracterização dos personagens e ambientação das cenas. Algumas das maiores Toscas da história foram Maria Callas, Renata Tebaldi, Raina Kabaivanska e Angela Gheorgiu. O melhor de Puccini também pode ser encontrado em La Bohème, Madama Butterfly e Turandot.

Gravação selecionada: De Sabata/EMI

TOSCA

15

SALOME

Richard Strauss

Dresden, Alemanha, 1905

Ainda considerada chocante por alguns, e certamente surpreendente, Salomé, a partir de uma peça de Wilde, abre caminho para a ópera moderna com suas harmonias radicais, seus desafios vocais e sua violenta história bíblica revisitada na época de Freud. Salomé deseja João Batista. Depois de dançar nua para Herodes na famosa Dança dos Sete Véus, ponto culminante da partitura, ela pede a sua cabeça. Herodes tentou negociar: a maior esmeralda do mundo, metade do seu reino – qualquer coisa, menos isso! – mas ela está decidida: “Quero a cabeça de Iokanaan!” Derrotado, o tetrarca manda que cortem a cabeça do profeta, que é entregue a ela numa bandeja de prata, como ela havia pedido. Ela beija na boca a cabeça decepada, num delírio de sexualidade histérica e doentia…

Gravação selecionada: Solti/Decca

SALOME


Este post tem 65 comentários.

65 respostas para “15 óperas para ouvir antes de morrer”

  1. Deixo como sugestão para um próximo post elencar as mais famosas árias e passagens das melhores óperas. Elas são, na minha opinião, um poderoso convite para que o ouvinte se interesse pelo restante da obra.

  2. Caríssimo Fred. Ao terminar seu texto, eu lembrei de nomes como Rameau, Berlioz, Britten, Alban Berg e até o próprio Beethoven, que não foram citados. Mas na hora de começar minha própria lista, a primeira pergunta que me fiz foi: Que ópera vou tirar dessa lista que o Fred fez? Nada. Lista perfeita.

  3. É curioso que, se a lista fosse minha, eu iria retirar as óperas que não conheço para adicionar outras que conheço. Acho que é nessas (as desconhecidas) que irei investir nas próximas compras. Valeu Fred!

  4. Não tem como alterar essa ótima lista (talvez Don Giovanni no lugar do Figaro?). Pra ficar mais que perfeita, a lista poderia ter trazido opções em vídeo das óperas. Pelo menos pra mim, que prefiro assisti-las em vez de apenas ouvi-las.

  5. Mestre Fred, obrigado pelo post tão instrutivo e interessante. É claro que uma seleção vai sempre deixar fora obras magistrais. De minha parte, não posso imaginar um mundo sem o Don Giovanni e o Otello, por exemplo. Mas como já foi bem lembrado acima, nenhuma das obras listadas é dispensável.

    E quem se anima a listar as óperas imperdíveis compostas a partir do século XX? Começando por Debussy e passando por Zemlinsky, Janácek, Bartók, Berg, Shostakovitch, Prokofiev, Britten, Zimmermann até chegar a Ligeti e Lachenmann, por exemplo? Abs.

  6. Ahhhh conhecimento maravilhoso esse de vocês que eu gostaria de ter :)

    Esse conhecimento de vocês é uma dádiva de Deus, Deem valor a ele, morro de “inveja” de vocês.

    Eu assisti pelo you tube a ópera Henry Purcell, e mesmo não entendendo o que eles estavam falando, devido estar em outra língua, eu assisti assim mesmo e achei as músicas em sí muito bonita e a história, a encenação dos atores, tudo muito maravilhoso.

    Das músicas, em especial gostei dessa: The Fairy Queen If Love’s A Sweet Passion. Muito linda!.

    Nunca havia assistido a ópera e mesmo sem entender, é muito lindo, gostaria de assistir mais :)

    Dentre as óperas não listadas acima, tem uma também que eu conheci a través do Euterpe que se chama: Pargolesi-LaServaPadrona. Muito linda, as músicas, e atuação dos atores, maravilhoso. Pena que eu não tenha o conhecimento histórico e técnico de vocês para poder fazer um comentário mais construtivo.

    Parabéns pelo artigo e sempre estou aqui esperando por mais!! :)

  7. Sempre quis começar a conhecer a música clássica mas na verdade nunca soube por onde começar. Essa lista acredito ser o que eu estava precisando. Obrigado!

  8. Caro Heber,
    Obrigado pela frequência de sempre e incentivo. A música é a linguagem universal, como dizia Haydn. O conhecimento técnico ajuda na compreensão, mas acima de tudo está a sensibilidade para mergulhar nesse universo inesgotável de beleza.

    Caro Felipe,
    Sugestão anotada. Colocarei vídeos que também ajudarão na apreciação. Obrigado!

    Meu velho amigo Bosco,
    De fato não há como se esgotar essa lista numa primeira tacada. Procurei ser abrangente no tempo e não repetir compositor. Ainda assim há graves lacunas. Vamos pensar numa lista complementar. Abração!

    Caro Amancio,
    Sou suspeito para defender a lista, mas procurei citar obras universalmente aclamadas. Como você sabe, sou mais das antigas… rs. Espero que minhas sugestões sejam úteis e que tenhas belas revelações nos próximos investimentos operísticos! ;)

    Caro Joêzer,
    Certamente os vídeos iam ajudar. Não me esquecerei deles na próxima lista. Don Giovanni realmente é um diamante indispensável na nossa estante. Não imagine o sofrimento que foi não colocá-la na lista… Agradeço a colaboração.

    Caro Monteiro,
    Perdão por demorar a responder. Sua participação aqui é mais do que valiosa! Por favor, não hesite em comentar e nos brindar com seu conhecimento. Não tenho muita experiência na música do século XX, mas suas sugestões estão anotadas. Abraços!

    Caro Julian,
    Torcendo para ter contribuído de alguma forma na sua trajetória dentro do fascinante mundo da ópera. Apareça sempre!

  9. No geral, gostei da lista que é um bom guia para um neófito no estilo. Senti falta (muita falta) de Dom Giovanni, Fidélio e Cavalleria Rusticana, só para ficar nos exemplos mais conhecidos.

  10. NOTA: Atendendo a sugestão recebida de muitos leitores, ESTE POST FOI ATUALIZADO EM 03/07/2015 com a inserção de vídeos com cenas selecionadas das óperas indicadas.

  11. Volto a manifestar minha surpresa e até mesmo indignação pela não inclusão de Tristão e Isolda nesta lista. Nada, absolutamente nada, na história da música se compara a Tristão e Isolda. Paulo Francis perguntava “Você já viveu sem ter ouvido Wagner?” Eu pergunto: “Alguém pode ignorar Tristão e Isolda quando falamos em ópera/música?”
    A lista é ótima, mas por favor, aumente para 16…
    Abraços…

  12. Gostaria de pedir a vocês que me indiquem uma reprodução fiel de Don Giovanni, só encontro reproduções modernizantes quando não que cortam cenas cruciais.

  13. Olá, André!
    Compreendo sua indignação. Em vídeo (DVD), felizmente, há vários registros, digamos, mais conservadores de Don Giovanni, como os de Karajan (Sony), Muti (Opus Arte), Furtwängler (DG) e Levine (DG).
    Abraços!

  14. Muito obrigado, me dói o coração ver tantas versões atuais que se preocupam em ser “pop’s” e acabam tirando o coração de tudo.
    Existe uma regência de Claudio Abbado de 1997 no Teatro Comunale de Ferrara que achei muito boa, porém tanto o áudio como o vídeo tem uma qualidade limitadas, se possível depois dê uma olhada.
    Abraços e novamente obrigado ;)

  15. Caro Frederico,
    Há tempos conheço sua preferência pela latinidade e a música mais antiga. Igualmente pelas “antigas” interpretações com instrumentos modernos, no que muitas vezes concordo.
    Tenho receio de “Listas”,mas percebo que elas sempre entusiasmam as pessoas, principalmente como uma diretriz a não iniciados. Penso que ,se fizessem cem listas dos Mil Melhores Filmes, todas seriam subjetivas e meio aleijadas.
    Gostei muito das suas 15 óperas, comentários e gravações eleitas. Tanto que me propus fazer uma lista de 15 e achei 7 cumplicidades com você.
    Como alguns anseiam por sugestões, não julguei que seria petulante “contrapor” o que eu elegeria em 15 óperas de 15 autores. Posso mostrar?:
    1) Monteverdi: L´Orfeo
    2) Purcell : Dido e Aeneas (ou K. Arthur)
    3) Handel. Giulio Cesare (ou Alcina)
    4) Rameau: Dardanus ou Boreades.
    5) Gluck: Orfeu ed Eurídice
    6) Mozart : Le Nozze (ou Cosi fan Tutte)
    7) Bellini : Beatrice di Tenda ou Rossini- Cenerentola
    8) Berlioz: Les troyens
    9) Verdi: La traviata (ou Aída)
    10) Wagner : Tristão e Isolda.
    11) Tchaikovsky: E. Onegin ou Mussorgski -B. Godunov
    12) Boito: Mefistofele
    13) Offenbach: Contos de Hoffman
    14) R. Strauss: Salomé ou Ariadne auf Naxos
    15) Shostakovitch: Lady Macbeth em Mzensk.

  16. Caro Flávio,
    Muito valiosa sua contribuição. Assino embaixo de suas palavras. Listas assim são sempre problemáticas e insuficientes. Estabeleci critérios para fazer a minha, como falei no post, mas senti falta de muita coisa. Foi apenas uma tentativa para ajudar na decolagem. Você trouxe obras-primas indispensáveis num acervo, como Alcina, Tristão, Godunov.
    Obrigado por enriquecer o post.
    Abraços operísticos!
    Frederico

  17. Agradeço, Fred, pelo estímulo que me levou a pensar no “desafio” do sr. Monteiro e em 15 óperas do sec.XX. Permito-me ,assim, listar abaixo um tosco ensaio.
    Explico que Pelleas de Debussy é de 1898. Evitei Shostakóvitch porque da lista geral participou sua Lady Macbeth, que Stálin chamou de pornográfica, embora sua “O Nariz”, sobre Gogol, anterior, exibia mais vanguarda musical.
    Também excluí Puccini porque seu estilo é absolutamente do sec. XIX. A meu ver, ele foi melhor no primeiro sucesso, Manon lescaut ,1894; Depois, com algumas árias formosíssimas, tornou-se mais comercial,até Turandot (1924) que, a meu juízo, muito se parece com musical da Broadway. Vamos lá.

    15 AUTORES e 15 OPERAS do SECULO XX:

    1) JANACEK: JENUFA, 1907: Compositor originalíssimo na orquestra. Enredo chocante, inclui infanticídio. Há um belo DVD TDK no Liceo de Barcelona. Autor de outras obras famosas, como Katia Kabanova. Raposinha Astuta e Da Casa dos Mortos.

    2) R,STRAUSS: ELEKTRA: 1909: Potencialização de Salomé,na música que mescla lirismo com crueza e morbidez, no argumento sangrento e no espetáculo primoroso. O mesmo Gotz Friedrich que dirige a cena na Salomé “de Frederico”, dirige DVD DG ,igualmente antológico, com Rysanek, Varnay, F-Dieskau, Boehm.
    Merecem também lembrança Arabella, Rosenkavalier, Ariadne, Daphne, Amor de Danae, Capriccio e A Mulher sem Sombra, esta a mais pesada.

    3) BARTOK- CASTELO DE BARBAZUL: 1911; Magnífica ópera “noir”,com uma hora de duração. Enredo conhecido. Ótimo DVD DECCA com Solti e S.Sass

    4) BERG – WOZZECK: 1922. Peça de Buechner (seria tb filme de Herzog) inspirou a ópera mais moderna de seus anos. Dodecafonismo “ma non tropo”.

    5) BUSONI: DOKTOR FAUST; 1925; Filho de mãe alemã e pai italiano, Busoni namorava Wagner e Verdi,mas criou um estilo bem próprio. Enredo baseado na lenda medieval e não em Goethe. DVD Blue Ray da ArtHaus.

    6) KORNGOLD: MILAGRE DE HELIANE;1927; O judeu Korngold fugiria a Los Angeles,onde compôs trilhas. Antes porém, na Europa deixou obras profundas, como essa esplêndida ópera.Quando a ouvi em rádio pela primeira vez, sem saber ainda o nome, pensei “Se Mahler tivesse uma ópera poderia ser assim”. Nossa Eliane Coelho a andou cantando há pouco tempo. Há engenho, melodia e grandiosidade na música.
    CD triplo DECCA.

    7)SCHOENBERG: MOISES E AARAO: 1932: Também não chega a ser tão pesada como poderia.

    8) HINDEMITH MATHIAS O PINTOR, 1935. Enorme interesse musical e literário. Muito conhecida a suíte sinfônica que reúne 3 intermezzos. Mathias Grunewald, em meio às guerras religiosas e Revolta dos Camponeses, tem crises de consciência sobre a utilidade de sua pintura em meio a tanto sofrimento. CD triplo sob Kubelik.

    9) PROKOFIEV- GUERRA e PAZ:1942- As melodias sinfônicas são memoráveis. Uma ópera pretensiosa sobre Tolstoi numa montagem minimal que funciona. DVD Kultur sob Gergev em Petersburgo.

    10) BRITTEN PETER GRIMES, 1945: O grande nome moderno da música inglesa e sua principal ópera sobre um pescador ambíguo que aliciava meninos ajudantes. São também famosos os interlúdios.DVD Arthaus com Ph.Langridge.

    11)STRAVINSKI _ THE RAKE S PROGRESS: 1951- Leve trabalho do Igor, usando temas antigos, sobre a “carreira de um libertino”. DVD Kultur ,sob Salonen. Legendas tb em português.

    12) POULEC- DIALOGO DAS CARMELITAS:1957; Aqui, o grande Poulenc foi trágico. Ao final, ouvem-se repetidas lâminas sobre freiras guilhotinadas pela Revolução.

    13) BARBER ANTONIO E CLEOPATRA: 1966; O autor do célebre Adágio e do lindo Conc.p. Violino compôs uma bela e trabalhada ópera em cima de Shakespeare, com libreto de Zefirelli. DVD com C Malfitano em Chicago

    14) ADAMS: NIXON IN CHINA: 1987: Considero John Adams o melhor da discutível escola minimalista. Não possuo gravação.

    15) MAC MILLAN: INES DE CASTRO: 1995. Sim, “aquela que depois de ser morta foi rainha”, a narrativa de Camões tão cara aos lusófonos, levada em inglês ao palco por um escocês. Meu DVD,nao selado,está péssimo,mas a encenação no Royal Scotish é ótima.

  18. Estou começando a ouvir ópera agora, não tenho noção nenhuma e resolvi ouvir suas sugestões pra ter alguma ideia. Gostei muito! Curso História, e as matérias de História antiga e Medieval, me despertaram interesse.

  19. Gostaria que tivesse colocado 02 Oratórios de Handel: a parte da mulher israelense e outro oratório que é Theodora e Didymus: o martírio. Só vi uma soprano franco-alemã radicada nos EUA que faleceu em 2006 cantar essa aria. Gostaria que pesquisasse pra se outras sopranos cantaram.
    Abraços e boa sorte

  20. Luis, os oratórios de Handel (23) são mesmo fonte inesgotável de pepitas. Se fiz´essemos lista de 15 oratórios, teríamos de incluir uns dez de Handel. Suponho que te referes a dois deles, Theodora e outro que não definiste. Vários oratórios handelianos tem personagem chamada “Uma Mulher israelita”. Theodora é cantada por soprano e sua parceira Irene ,por contralto ou mezzo.. Suponho que a cantora falecida em 2006 seja a mezzo Lorraine Hunt. Nesse caso, estarias te referindo a árias de Irene e não ao martírio final de Theodora e Didimus. As principais árias de Irene são “As with rosy steps”,e, principalmente, “Defend Her” iniciada pelo recitativo “The clouds begin”. Se olhares no youtube Handel Theodora Defend Her, haverá várias opções.
    Quanto ao dueto do “martírio”, ele aparece no youtube com David Daniels e a soprano Dawn Upshaw,como Theodora numa espécie de cadeira elétrica. É uma montagem moderna de P. Sellars, dirigida por W. Christie . O texto é “Streams of pleasure ever flowing”

  21. Caro Luís,
    Certamente, como disse o amigo Flávio, Händel teria lugar de honra numa lista dos grandes oratórios de todos os tempos, assim como teve na lista deste post, dedicada apenas às obras formalmente enquadradas como óperas.
    Abraços e apareça sempre no nosso blog.
    Frederico

  22. Luis, pesquisando em todos os oratórios “Mulher Israelita” que cante árias, encontrei: SAMSON: “Let the bright Seraphim”,que antecede o Coro Final. 2) Várias em “Judas Maccabaeus”: “Ah wretched Israel”, “Wise men flattering”, “From mighty kings”, “O liberty thou choicest treasure”. No JUDAS tb há duetos em que a “Israelita” participa. Várias gravações em CD ou no youtube.

  23. Mano, achei sua lista perfeita. Mas acho que faltou uma ópera especial; uma ópera muito simples, mas famosa, e acho que uma das mais singelas e bonitas que já ouvi. A Flauta Mágica, á última ópera de Mozart e talvez a que mais fez sucesso com o público, e a minha preferida, talvez por ser um pouquinho mais popular sem perder sua classicidade..
    Abraços!

  24. Caro Diego, assino embaixo de suas palavras. Realmente A Flauta Mágica merece estar na lista, sem sombra de dúvidas. Porém, como coloquei nos critérios, seria apenas uma ópera por compositor. Você não imagina o sofrimento que foi selecionar apenas UMA ópera de Mozart… rs. E Don Giovanni, então? Lacuna imperdoável!!! Obrigado pela visita ao nosso blog. Abraços operísticos!

  25. Faz poucos dias, numa magnífica Tosca em Viena, o tenor Jonas Kaufmann quis repetir uma ária como bis, mas sua Tosca (Angela Gheorghiu) näo entrou em cena. Ele ficou com cara de cachorro que deu pum na igreja, e o público caiu no riso! Na segunda tentativa, sua Tosca chegou, pra alegria geral. Ótimo que essas coisas ainda acontecem, né mesmo?

    Taqui a cena pra vcs. Abs.

    https://www.youtube.com/watch?v=IuqbE87iYqE

  26. Adoro operas, já assisti muitas. Cada qual mais encantadora.Aqui no interior que estou agora não ha oportunidade,mas sobra somente a Internet.Obrigada.

  27. Tb senti falta de grandes personagens da opera + O conteúdo é de fato abrangente e nunca é demais lembrar que gosto artistico não dá debate.
    Mais para futuro, Sugiro Tb 15 grandes talentos da opera, conhecidas como : : Britten, Debussy, Zemlinsky, Janácek, Bartók, Shostakovitch, Zimmermann Ligeti, Lachenmann, Rameau, Berlioz, Britten, Alban Berg, Beethoven entre outras dezenas de grandes operas.

  28. Mas que lindo blog! Eu e meus irmãos crescemos ouvindo óperas, a grande paixão do meu pai e do meu avô. Não me esqueço quando numa festa um amigo do meu pai disse em tom de brincadeira :a Laurinha já deve cantar óperas! E eu,com 5 anos então, orgulhosamente cantei: Fígaro, fígaro, fíiiiiiigaro! Todos riram muito e eu não gostei.p
    Tive a oportunidade de ir a Verona para o festival de Ópera e foi mágico! Chorei lembrando do meu pai e avô já falecidos, chorei por fazer muito sentido estar naquela arena linda ouvindo minha infância, uma música e um mundo tão incompreendidos pelas outras crianças.E então, procurando hoje sobre óperas para já familiarizar minha pequena de 04 anos com algumas árias encontrei vocês. Bravo!

  29. Adorei as escolhas, a exceção de duas (L’Orfeu e La Serva Padrona) que não conhecia, já ouvi a todas. Adorei as recomendações – Joan Sutherland e Birgit Nilsson.

  30. Olá!
    Não conheço absolutamente nada de ópera, não obstante acho maravilhosamente belo.
    Questiono se haveria alguma coleção, se possível com legendas em português, que eu possa comprar, pois, em minhas buscas não encontrei nada, e na internet (piratão), também não encontrei nada parecido.

    Att,

  31. Caro Eduardo,
    Antigamente essas coleções eram vendidas em bancas de revista.
    Hoje em dia não encontramos mais, infelizmente. Bons tempos…
    Por outro lado, hoje dispomos do YouTube com um riquíssimo acervo.
    Abraços.

  32. Simplesmente maravilhosa esta lista. Assistindo agora algumas no YouTube para não perder a oportunidade. Amo ópera e gostei muito de sua lista. Não tendo a oportunidade de assistir sempre morando no interior do RS fica mais fácil com o YouTube.

  33. Caro Frederico Toscano e demais colaboradores:

    Achei, por acaso, o seu BLOG – EUTERPE e agradeço a oportunidade que tive em aprender um
    bocado mais sobre o gênero Ópera, sofisticado e exigente em sensibilidade e por isso de pouca preferência popular, pois
    é pura erudição! Uma bela criação italiana para o mundo musical de todos os tempos…
    Sempre que me for possível, por certo, estarei verificando as novidades do teu Blog.

    Abraços !
    Cláudio Boscardin — RS.

  34. Prezado Cláudio,
    Agradecemos pela confiança e estímulo ao nosso trabalho.
    A ópera é um universo fascinante que se renova há 400 anos.
    Sua visita será sempre bem-vinda ao Euterpe!
    Saudações musicais!

  35. Aprecio bastante mas não me considero um forte conhecedor. Dedico-me mais agora aposentado.
    Gostei bastante do texto, só senti a ausência de Aída.
    Obrigado e saudações!

  36. Prezado Frederico,
    Mais um ótimo tópico. Eu, que também sou um amante da música operística, não me sinto à vontade para mencionar as 15 melhores óperas de todos os tempos. No entanto, sua lista é realmente muito bem feita, pois procura ter uma mescla das óperas dos principais períodos da história do referido gênero. Ainda bem que a minha preferida (“LUCIA DI LAMMERMOOR”) consta da sua relação.
    Parabéns.

  37. Ninguém comentou aqui a minha ópera favorita!! De Giusepe Verdi!! Rigolletto!! Que tem árias lindíssimas como o quarteto, e acho que uma das árias mais famosas da história!! La Donna é Mobile (não sei se a grafia está certa, provavelmente não). Adoro essa ópera, já assisti aqui em São Paulo.
    Deixo meu registro.

  38. Caros: sugiro também AIDA de Verdi, Madame buterfly, Fauta Mágica, Turandot, La Bohême, Otello, Cavalleria Rusticana, tristão e Isolda… O que não falta são opções…mas a sua lista está MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!

  39. Eu acho que dar testemunho das óperas que me fizeram interessar pelo gênero pode ajudar. Primeiramente “Il Barbiere di Siviglia”, até quem nem pensa em sair do universo da música pop( música da insdústria) conhece o famoso trecho “Fígaro cá, Fígaro lá”. E a outra é Nabucco, com a ária “Vá Pensiero”, que tem uma letra que qualquer pessoa em que bate o saudosismo gosta de ouvir.

  40. Olá! Boa noite, não conheço muito de ópera, e se possível, gostaria de uma sugestão/ajuda. Tenho a opção de escolher entre a ópera Capriccio e Sansão e Dalila para assistir, gostaria muito de sua opinião sobre elas. Obrigada!

  41. Prezada Elvira,
    Capriccio, última ópera de Richard Strauss (sua Salomé foi indicada no artigo acima), traz a história da condessa Madeleine para promover um debate na polêmica questão, já tratada desde Salieri no séc. XVIII, entre o papel da letra e da música na concepção de uma ópera. A obra mostra essa relação ao contar a história do triângulo amoroso entre uma mulher que se apaixona por um músico e um poeta e que, enquanto uma ópera é elaborada ao seu redor, deve decidir com qual ficar (na cena final, muitas vezes representada nas salas de concerto). O libreto da ópera passou por várias mãos, a começar por Stefan Zweig, um dos escritores mais aclamados da época, que não finalizou o projeto por sair do país com a ascensão do Nazismo. No final dos anos 1930, Joseph Gregor assumiu o trabalho, mas Strauss não gostou do resultado e pediu ajuda ao regente Clemens Krauss. A ópera teve estreia em 1942, no Nationaltheater de Munique, sob regência de Krauss. Sansão e Dalila, de 1877, é uma ópera do francês Camille Saint-Saëns baseada no relato bíblico de Sansão e Dalila, narrado no capítulo 13 do Livro dos Juízes do Velho Testamento. É a famosa história de um homem que foi forte o suficiente para derrotar os inimigos de Israel, os filisteus, mas não o suficiente para resistir aos encantos de uma mulher… A ópera traz números musicais de grande beleza e contém momentos muito conhecidos, entre eles o bacanal no terceiro ato e as árias de Dalila – “Printemps qui commence” e “Mon coeur s’ouvre à ta voix”. Esta última, em particular, marcou a formação musical de muitos amantes da ópera em vozes lendárias como Maria Callas e Marilyn Horne. Sugiro, assim, que sua audição tenha início por Sansão e Dalila, com seus fascinantes momentos melódicos. Em seguida, você passaria para Capriccio de Strauss, com maior apelo teatral, seguindo uma ordem cronológica.
    Saudações operísticas!

  42. Me deliciei com o texto, as recomendações e os comentários tão pontuais. Considero a Ópera como uma engrenagem indispensável para entender a arte. A seleção feita é de exímio bom gosto. Congratulações!

  43. É válida a consideração, pois agrada a gregos e troianos sem fazer prevalecer um ou outro. Fiquei receoso com a possibilidade de poder ver “O fantasma da ópera” na lista. Inglês é sério.

  44. Não sou especialista, mas aprecio a ópera, a música, o canto e principalmente o espetáculo teatral.
    Deixo minha humilde contribuição: Me apaixonei após assistir “Turandot” de Giacomo Puccini e ” pagliacci” Ruggero leoncavallo.
    Se estiver iniciando essas são um ótimo ponto de partida.
    Agradeço ao autor Sr. Frederico Toscano por não abandonar o post, escrito em 2015 e tendo até esta data (2019) diversas respostas. Com certeza irei assistir a todas.
    Devo lembrar que a mesma ópera pode, e deve, ser vista em diversas “versões” a base será a mesma, mas uma pequena mudança de figurino, atores/cantores, protagonistas pode ser o diferencial para transformar algo bom em divino e inesquecível.
    Bom entretenimento a todos.

  45. Adorei o post e me dói ter descoberto esse blog incrível só agora.

    Estou começando no mundo das óperas e estou com ingressos comprados para a Aida, do Verdi, no Theatro Municipal, e como colecionador de vinil, queria saber: qual é a gravação mais indicada para essa obra? Quero conhecê-la bem antes de ir.

    Um grande abraço!

  46. Olá, Carlos!
    Seja bem-vindo! Aida de Verdi é um dos monumentos do repertório operístico, contando com excelentes gravações ao nosso dispor. Posso te indicar três delas que me agradam bastante:

    1. Tebaldi, MacNeil, Bergonzi, Simionato, Vienna Philharmonic / Herbert von Karajan (Decca);
    2. Caballé, Domingo, Cossotto, Cappuccilli, Ghiaurov, New Philharmonia Orchestra / Riccardo Muti (EMI); e
    3. Harteros, Kaufmann, Semenchuk, Tézier, Accademia Nazionale di Santa Cecilia / Sir Antonio Pappano (Warner).

    Abraços egípcios!

  47. Olá

    Com toda certeza ouvirei essa lista.

    Vi suas considerações sobre pedidos de vídeos e gostei, vou aguardar suas indicações.

    Eu gostaria também de indicações de Literatura para quem está iniciando na ópera, ao estilo “ópera para dummies” , “entendendo a ópera” , libretos, e o que mais for interessante conhecer.

    Grato

  48. Bom saber que você gostou, Peter! É muito difícil fazer uma seleção entre tantas obras-primas. Como informei, é apenas uma lista básica para iniciar a aventura nesse universo fascinante da ópera.

  49. Bela seleção.
    Na sequência, para meu gosto, estariam: Mefistófele (Arrigo Boito), Falstaff (Verdi), Turandot (Puccini), Der Freischutz (Weber), La GIoconda (Ponchielli)

  50. Olá pessoal me chamo Vitor e estou aprendendo apreciar e conhecendo um pouco sobre o mundo da opera , gostaria de saber de alguém poderia me dar umas dicas e me ajudar a encontrar os melhores concertos ja produzidos pois ainda sou novo na área

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