19abr 2017
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Idomeneo: a revelação (e provação!) de Mozart

Por mais que eu ouça ou assista Idomeneo, Re di Creta (KV 366), não consigo saciar minha sede sobre essa ópera. É como se nela já se pudesse sentir lampejos da produção mais distante de Mozart. Grande Missa em Dó Menor, Don Giovanni, La Clemenza di Tito, Requiem e outras obras que viriam pela frente parecem estar semeadas em Idomeneo. Meu primeiro contato com essa ópera foi na gravação de Sir Colin Davis pela Philips, que comprei no início da década de 90.

Álbum de Idomeneo por Davis/Philips

No início, parecia algo muito sisudo e solene. Fui acordando para Idomeneo a partir do registro em vídeo do Metropolitan Opera de Nova York com Pavarotti, Cotrubas, Behrens, Stade e Levine pela Deutsche Grammophon, ainda em VHS quando conheci (felizmente foi relançado em DVD).

DVD de Idomeneo por Levine/DG

A primeira paixão foi a ária Fuor del mar, algo inevitável pela beleza que extravasa dessa prova de fogo para tenores. Depois, pelo mesmo caráter, veio D’Oreste, d’Aiace (vídeo abaixo). E assim a coisa foi fluindo… Chegaram as gravações de Pritchard (Decca), Böhm (DG), Harnoncourt (Teldec), Gardiner (Archiv), Schmidt-Isserstedt (EMI) e Jacobs (HM)…

Hoje, em pleno janeiro de 2011, quase 20 anos de apreciação de Idomeneo, volto ao velho e valioso álbum da Complete Mozart Edition (Davis/Philips) e me emociono com a regência impecável, a qualidade dos cantores e instrumentistas – como Francisco Araiza em Accogli, o re del mar (cavatina con coro, áudio abaixo) – e, especialmente, pela capacidade de Mozart em compor algo que assimilou a elevada beleza das óperas de Gluck e a musicalidade da tradicional opera seria italiana.

[audio:http://euterpe.blog.br/wp-content/uploads/2011/01/Accogli.mp3|titles=Idomeneo: Accogli, o re del mar (Araiza/Davis/Philips)]

Podemos dizer que Mozart sintetizou esses dois estilos e injetou no eixo de Idomeneo toda a potência do seu talento. Isso tudo não podia deixar de resultar na considerada primeira obra-prima mozartiana por muitos estudiosos do compositor, como Stanley Sadie – embora eu a considere como a segunda desse nível, sendo Mitridate, Re di Ponto (KV 87) o primeiro grande milagre operístico de Mozart. Sim, porque até Hasse – o compositor de óperas reverenciado na Itália da época – se rendeu a Mitridade em sua estréia, e ao compositor de 14 anos de idade. No vídeo abaixo, Yvonne Kenny canta a primeira ária de Aspasia em Mitridate.

Voltando a Idomeneo, no livro O Diálogo Musical, Harnoncourt considera esta como a ópera mais bem documentada de todos os tempos – tudo era exaustivamente descrito por Mozart ao pai, que havia ficado em Salzburg (Mozart resolveu partir cedo para concluir a composição em Munique). Sente-se o romper das garras do antigo para um novo mundo operístico. Para isso contribuíram dois fatores determinantes:

1) o desesperado desejo de Mozart em compor ópera, quando se encontrava sufocado (como ele mesmo considerava) em Salzburg, debaixo da capa vermelha do arcebispo-chefe – que tratava a música como algo meramente funcional, mesmo sendo violinista; e

2) ter Mozart à disposição para sua nova ópera a considerada melhor orquestra do mundo: a Orquestra de Mannheim, criada em 1720 pelo grande Eleitor Palatino Karl III Philipp (foto abaixo) – é por essas atitudes que certas criaturas realmente não vieram ao mundo por acaso! Com essa rica orquestra, finalmente Mozart usaria o clarinete numa ópera! Ele poderia usar ainda quatro trompas, além do flautim e do trombone!

Karl III Philipp, Eleitor Palatino

Aqui vale a pena mais um parêntese: o poder da Orquestra de Mannheim era tal que gerou uma escola de músicos e compositores (Stamitz, Cannabich) e estes lançaram uma série de idéias inovadoras para a música orquestral de sua época, entre elas: o chamado Crescendo de Mannheim – um crescendo desenvolvido por toda a orquestra – assim como o decrescendo; e a Grande Pausa de Mannheim – quando todo o motor orquestral pára por um instante em silêncio total e retorna com todo vigor em seguida. Mozart experimentou notadamente o Crescendo de Mannheim em sua Sinfonia Concertante para cordas (KV 364), como se pode ouvir no áudio abaixo. Haydn também se inspirou na Escola de Mannheim para escrever suas Sinfonias Parisienses – meu ciclo favorito nesse grande mestre.

[audio:http://euterpe.blog.br/wp-content/uploads/2011/01/KV364a.mp3|titles=Sinfonia Concertante, KV 364 (Harnoncourt/DG)]

Apesar da empolgação de Mozart com Idomeneo, nem tudo colaborou com o pequeno gênio, então com 24 anos. Dois grandes obstáculos tiveram que ser contornados:

1) o limitado libretista, que enviava para Mozart textos que o faziam suar frio de tão ruins, segundo o exigente compositor (é famoso o caso da palavra rinvigorir, que irritou Mozart profundamente); e

2) os cantores previamente impostos: vaidosos e muito aquém da impiedosa pena mozartiana – em especial, o velho tenor Anton Raaff, com quem Mozart ainda tinha paciência por ser antigo amigo. Del Prato, o castrato que estreou Idamante, também não conseguiu dar conta do recado.

No primeiro caso, Mozart não agüentou o baixo nível do libreto e decidiu ele mesmo fazer correções à revelia do libretista – que nunca aceitava as sugestões do compositor (e de qualquer ser vivo). Mozart chegou a fazer mais de cem (!!!) correções no texto, segundo Harnoncourt.

No outro ninho de espinhos, o compositor fez bastante ginástica. Além de ter adaptado inúmeras vezes as árias para agradar às gargantas nada-humildes, ele teve que compor novas peças de exibição para os cantores, que competiam entre si sobre o número de momentos exclusivos no palco. Mozart teve, por exemplo, que aliviar a fúria musical em Fuor del mar – originalmente cheia de ornamentações e longos desfiladeiros ameaçadores para o cantor – e torná-la “cantável” ao cansado Raaff. No vídeo e áudio abaixo, podemos conferir as duas versões da ária: a primeira é a completa (notável interpretação!); a segunda, reduzida (ainda assim, Plácido Domingo quase naufraga!).

Anos depois, Mozart reapresentou Idomeneo em Viena (1786), num concerto privado para a família Auersperg (foto abaixo), após reduzir estrofes, escrever novos números, transformar Idamante em tenor e até mesmo atender a um nobre que queria se exibir ao violino, compondo mais uma ária: Non temer, amato bene, como solo desse instrumento, o KV 490 (dois números antes de Le Nozze di Figaro), com trecho em áudio abaixo.

[audio:http://euterpe.blog.br/wp-content/uploads/2011/01/KV490.mp3|titles=Ária KV490 (Schreier/Böhm/DG)]
Palácio Auersperg, em Viena, onde Idomeneo foi reapresentado em 1786

Para completar a saga, como o estilo francês era muito apreciado pela corte de Mannheim, Mozart teve que compor um balé para o final da ópera, que recebeu o KV 367.

Uma curiosidade: Idomeneo estreou em 1781, no Cuvilliès-Theatre em Munique (foto abaixo), decorado pelo mestre do rococó François de Cuvilliés, que deu nome ao belo teatro. Sua estatura era inversamente proporcional ao seu talento, pois Cuvilliés era anão!

Cuvilliès-Theatre em Munique

Encontrei nesta semana um ótimo documentário sobre Idomeneo, produzido pela Ópera de San Diego, disponível no link abaixo.


Este post tem 12 comentários.

12 respostas para “Idomeneo: a revelação (e provação!) de Mozart”

  1. Ótimo com sempre, caríssimo amigo. Também tenho o maior carinho pela versão do Colin Davis (comprei esse disco por sugestão sua, lá no tempo do Allegro). E o bônus desse album, meu amigo? Fantástico também.

    Em DVD, eu tenho a ótima versão com Vargas e Kozena, regida por Sir Roger Norrington. Segue o endereço da famosa ária com Vargas:

    http://www.youtube.com/watch?v=NVatQ2eAv98

    Abraços,

    Carlos

  2. Caro Carlos, obrigado pelo comentário.
    O bônus do álbum de Davis/Philips é especial. Tem o raro “Ballo delle donne cretesi” (No. 8a) e tudo mais. O único álbum que chega ao seu nível é o de Gardiner/Archiv. Tem muitos anexos também, e alguns diferentes – como as versões da passagem da Voce. O DVD de Norrington/Decca é realmente muito bom, apesar da montagem moderna (mas moderada, pelo menos). Comprei esse DVD no fim do ano passado. Já tinha Idomeneo com Levine/DG e Haitink/Kultur em DVD. Nesses três registros em DVD, de certa forma, cobrimos as três versões gerais da ópera. O de Levine seria a versão de Munique. O de Norrington traz Munique com a grande ária de Idomeneo, aliás com notável desempenho do Vargas, que já conhecia de Rossini (especialmente em Tancredi). O de Haitink é magnífico, mesmo com montagem simples: traz a versão de Viena (1786), tem a ária com violino de Idamante, devidamente interpretado por tenor, e um excelente elenco mozartiano: Philip Langridge é Idomeneo (recentemente falecido), Jerry Hadley é Idamante, Yvonne Kenny como Ilia e Carol Vaness como Elettra (quem mais me surpreendeu positivamente). Em CD tenho as gravações que mencionei no post. A de Böhm é a única que traz a versão de Viena.
    Abração!

  3. Fred,

    Valeu pelas dicas. Uma coisa que gostaria de perguntar é da importância do coro nessa ópera, algo que não vejo em nenhuma de suas óperas posteriores. Lembro bem que era um recurso bastante comum na ópera no período barroco. No período de transição, Gluck usou também o coro com notáveis efeitos, principalmente em Orfeo. Já nas últimas óperas de Mozart, o coro é usado raríssimas vezes. Você sabe por que? Ou estou enganado?

    Abraços,

    Carlos

  4. Carlos,
    Sem dúvida a participação do coro tem mais peso em Idomeneo. Isso decorre diretamente da influência de Gluck na ópera, de acordo com o gosto do público-alvo. Mozart também era fã do seu Alceste, que decisivamente o influenciou. As óperas anteriores de Mozart obedeciam aos cânones da “opera seria”, também para agradar/atender a platéia – e pela própria formação musical à época, dominada pela tradição italiana. Lembro que Mozart foi “catequizado” pelo Padre Martini em Bologna. Mitridate, Ascanio in Alba e Lucio Silla foram estreadas na Itália – sendo natural o estilo adotado. De fato, a partir de Idomeneo, como você salientou, a participação dos coros passou a ser menor nas óperas de Mozart. Nessa reflexão, entretanto, teríamos que considerar o papel do libretista e do “patrão” nessas óperas futuras; a estrutura previamente estabelecida; o peso dos cantores e suas indicações; os recursos disponibilizados ao compositor para composição e interpretação de sua obra; as limitações impostas etc. Sabemos que Mozart estava num contexto social/econômico/político de transição, mas ainda tinha que obedecer muitas convenções para receber sua remuneração. Destaco esse contexto, porque muitas pessoas acham que os compositores eram plenos senhores de suas idéias, recursos e ações – o que não acontecia na Viena do século XVIII. Felizmente, Mozart teve alguma margem de manobra para trabalhar com Idomeneo em Munique, mas isso era raríssimo. Gluck foi um privilegiado desde cedo, sabendo aproveitar as oportunidades (também raras) com inteligência e sabedoria. É oportuno lembrar a burocracia sobre a aprovação e construção do libreto de Le Nozze di Figaro, por exemplo. Creio, assim, de forma geral, que a simples presença de coro no libreto predefinido (no número e dimensão/relevância indicada pelo libretista/chefe) determinava a necessidade de Mozart escrever música para coro em suas óperas, bem como o porte dessa música.
    Abraços!

  5. Caríssimo e ilustre Frederico,

    Descobri em teu blog o que os melômanos das terras brasileiras precisam para apreciar com mais propriedade e em idioma pátrio a chamada música clássica ( ou erudita ).
    Amante das óperas e do bel canto, fiquei extasiado com a descoberta da gravação integral da ária que também me cativou de imediato ao ouví-la ( ” Fuor del mar ” ). Ainda não havia degustado o ” Idomeneo ” de Mozart e confesso que meu contato com Mozart na ópera era restrito até adquirir o DVD ” Bravo, Pavarotti ” onde o Maestro interpreta a ária em tela ! Fiquei extasiado e busquei adquirir, em primeiro lugar, a gravação em CD sob a regência de Pritchard. Realmente, somo à opinião do companheiro Carlos os comentários e à tua apaixonada postagem a minha. Aguardo a chegada, pela Amazon.com o DVD com o registro da D.G. com Pavarotti, Cotrubas, Levine para ter uma experiência sensorial completa.
    De imediato a desculpar-me pelo humilíssimo conhecimento musical que tenho, ouso acrescentar que seria uma agradável e maravilhosa surpresa a idéia de ter o Carreras do final da década de 70 registrando a ária. Digo isso com base nas gravações dele d’ Il Corsaro, de Verdi, que acho muito boa e com um dream team insuperável: Caballé e Norman juntas, bem como o registro da ” Lucia di Lammermoor “. A respiração e o fraseado do jovem Carreras corresponderiam, em minha limitada opinião, às exigências vocais que Mozart tentou buscar, em vão, no mortal para equiparar ao divino de sua arte.
    Parabéns pela qualidade do teu blog. Prontamente encontra-se em minha lista de favoritos.
    Um tríplice abraço,
    o novo amigo A.C.C.

  6. Caro Correia,
    Muito obrigado pelos gentis elogios e pelo entusiasmo nos comentários! Agradecemos a sua visita e a iniciativa de nos escrever, transmitindo suas impressões.
    A ária “Fuor del mar” realmente é muito bem formulada. Mozart soube equilibrar os contrastes de forma a reter a atenção do ouvinte em toda a sua evolução.
    Curiosamente, pelo que sei, Idomeneo é o único contato de Pavarotti com Mozart. Gostaria de saber como nasceu essa ligação do tenor com a ópera. A gravação de Pritchard citada em sua mensagem é uma verdadeira constelação de intérpretes! Apoiados pelo “Som Decca” estão nada menos do que Lucia Popp, Edita Gruberova, Agnes Baltsa e Leo Nucci, além de Pavarotti, acompanhados pelo excelente coro da Ópera de Viena e pela Filarmônica de Viena. Creio que algo desse nível só acontece com Die Zauberflöte e Klemperer/EMI, trazendo Janowitz, Popp, Gedda, Berry, Frick, Crass, Schwarzkopf e Ludwig. Tenho colegas que não gostam muito da atuação de Pavarotti como Idomeneo, mas os demais cantores são unanimidade: deslumbram os ouvintes com sua experiência mozartiana, especialmente Popp e Gruberova, que dispensam comentários! Ainda como destaque, os coros “Corriamo, fuggiamo” e “Oh, voto tremendo” exibem bem a sintonia de todo o conjunto, com uma sonoridade grandiosa!
    O DVD de Idomeneo com Levine traz o cenário inspirado de Ponnelle. Os olhos do Netuno em pedra ao fundo foi uma idéia genial! Hildegard Behrens, embora não fosse a voz das vozes, representou muito bem a instabilidade de Elettra, sendo a mais aplaudida pela platéia. Cotrubas e Stade formam o lado meigo/suave do conjunto, como já tinham experimentado em Le Nozze di Figaro (também disponível em DVD). Pavarotti está vocalmente menos preparado do que no registro em CD e desliza na última ária de Idomeneo, na finalização anterior à cadência. Por outro lado, embora em geral o considerem fraco cenicamente, sua emoção no palco é notável.
    Ah, de fato, Il Corsaro com Carreras é fascinante, assim como sua atuação em Lucia! Ele estava no auge e podia ter nos surpreendido com “Fuor del mar” naquela época.
    Abraços mozartianos!

  7. Por favor, gostaria muito se alguém me ajudasse a encontrar esse cd de Idomeneo, sou fã de Mozart compulsiva. A ária que mais amo é Non temer amato bene, sequer nunca consegui o libreto para cantar. Sou soprano lírico, tenho 26 anos, sou louca por essa ária. A parte que mais toca minha alma é quando o violino sola juntamente com a voz dolce e dramática da soprano, é tão enebriante, vibrante, me emociono, choro, nunca vi tanta beleza, singeleza.
    POR FAVOR SE ALGUÉM PUDER ME AJUDAR A CONSEGUIR O CD DE IDOMENEO, NON TEMER AMATO BENE, AGRADEÇO. MEU NAMORADO LUCA TENTOU COMPRAR O CD E O LIBRETO EM TREVIZO, MAS NUNCA ENCONTROU
    SE HOUVER TAMBÉM ALGUÉM MOZARTIANO COMPULSIVO COMO EU, FAVOR ENTRAR EM CONTATO COMIGO

  8. Nossa, como eu estou troppo feliz, pensei que não existisse um post sobre Mozart, ópera, sou a prova de que música erudita também é apreciada por jovens da minha idade, só acho que o Brasil deixa a desejar no quesito de apresentações de música clássica e óperas se comparada a Europa, Verona então em agosto é maravilhoso as apresentaçôes no Coliseu.

  9. Ciao, signorina Akemi !

    No sentido de colaborar, envio o link para explorar o libreto da ópera ” Idomeneo, Re di Creta ” ( em italiano e espanhol ):

    http://www.kareol.es/obras/idomeneo/idomeneo.htm

    No site kareol.es você encontrará todos os libretti das principais obras de grandes compositores.

    Quanto à aquisição da ópera em Compact Disc ( CD ), pode-se tentar pelos sites Amazon.com ou Barnes & Noble.com :

    http://music.barnesandnoble.com/Wolfgang-Amadeus-Mozart-Idomeneo/John-Pritchard/e/878280000061/?itm=11&USRI=idomeneo

    O preço do CD na Barnes sai por quase U$ 31.

    Porém, você pode fazer uma apreciação através do site ” Sic Transit Opera Mundi “, das versões com Pavarotti sob a regência de Pritchard:

    http://sictransitoperamundi.blogspot.com/2010/11/mozart-wolfgang-amadeus-idomeneo.html

    ou com Plácido Domingo sob a batuta de Levine:

    http://sictransitoperamundi.blogspot.com/2010/11/mozart-wolfgang-amadeus-idomeneo_07.html

    Espero ter contribuído de alguma forma e fico feliz em saber de teu interesse no universo Mozartiano.

    Um tríplice abraço,
    A.C. Correia

  10. Ciao A.C.Correia

    Molto grazie,fiquei felicissima com a sua indicação,estou acessando o site agora para a aquisição do meu querido cd.Agora que não será mais possível viajar para a Itália,vou esperar meu cd via correio.
    Eu estou um pouco desatualizada,se pudesse me ajudar a me informar sobre concertos realizados em São Paulo,algum site de música clássica ou algo do tipo.
    Costumava ir a Sala São Paulo,mas ultimamente não me chama muita atenção a programação realizada pela Osesp.Também não me anima ir aos concertos sozinha,já que amigos não apreciam música clássica.Bom,quem sabe com a tentativa da escola de samba Vai Vai,atual campeã de São Paulo em popularizar a música erudita no seu enredo a Música Venceu.
    Fico muito chateada,ouvir um concerto ou uma ópera de boa qualidade em São Paulo não é sempre possível,acho que a cegonha esqueceu de me deixar em Viena.Eu não compreendo porque a ausência de se interpretar Mozart nessa metrópole,fico decepcionada.
    Postar aqui,me faz sentir um pouco mais próxima dos amantes da música clássica.Ao fundador deste blog,meus cordiais agradecimentos.
    Abraço a todos e em especial ao meu amigo por ter me ajudado com o libreto e o cd de Idomeneo

  11. Acho que devias por do que fala a opera ou seja colocar quais os acontecimentos da opera e por que lhe deu esse nome.

  12. De acordo com o professor Julian Rushton (University of Leeds), a iniciativa sobre o tema da ópera deve ter sido do próprio príncipe Karl Theodor (que havia encomendado uma nova ópera a Mozart), ou ainda do conde Joseph Anton Seeau, diretor do teatro da corte de Munique, onde Idomeneo estreou. Segundo o pesquisador, não há motivo para se atribuir a Mozart a escolha do tema, pois (1) a ópera encomendada pela corte bávara no ano anterior já tratava da mesma fonte geral: Les Aventures de Télémaque, de François Fénelon, de onde foi extraído o enredo de Idomeneo, e (2) é improvável que Mozart tivesse tido contato com a fonte literária imediata do libreto: Idoménée, de André Campra (Paris, 1712). Recomendo a leitura da sinopse da ópera neste link:
    http://repertoriosinfonico.blogspot.com.br/2007/06/mozart-wa-idomeneo.html.

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