19abr 2017
A+ A-

Mahler: Décima Sinfonia – Parte I

Túmulo de Gustav Mahler, no cemitério de Grinzinger, Viena

.
Há exatamente 100 anos, em 18 de maio de 1911, falecia em Viena o compositor e regente Gustav Mahler, vítima de uma endocardite (uma falha nas válvulas do coração) causada por uma bactéria. Ou seja, se fosse nos dias de hoje, um antibiótico poderia salvá-lo…

Para relembrar a data (e também por eu ser um mahleriano confesso), começo hoje a publicar em Euterpe uma série de posts sobre a última obra de Mahler, a inacabada Sinfonia nº10 em Fá # Maior. Até hoje muitos mahlerianos convictos torcem o nariz para esta sinfonia mesmo sem ouvi-la, justificando para si mesmos pelas mesmas razões que levaram Bruno Walter e Leonard Bernstein a nunca executarem-na por completo: não é uma obra pura de Mahler, mas sim completada por outros. Curiosamente, as mesmas pessoas não têm preconceito algum em ouvir o Requiem de Mozart (completado por Süssmayr), Turandot de Puccini (completado por Alfano, e noutra versão por Berio), ou Os Contos de Hoffmann de Offenbach (completado por Guiraud)…

Nesta série pretendo mostrar em que ponto se encontram as anotações de Mahler, o esquecimento e redescoberta dos esboços, as diferenças entre as várias versões existentes, concluindo com uma análise da obra. Apertem os cintos, e vamos em frente!

As três obras de Adeus
Após escrever a monumental Oitava Sinfonia, Mahler se vê num terrível dilema. Corria naquela época a famosa história da “Maldição da Nona”: aqueles que escreviam nove sinfonias, morriam. Defensores desta história geralmente mencionavam os exemplos de Beethoven, Schubert, Dvorák e Bruckner, apesar do ciclo de Schubert não ter uma Sétima sinfonia completa, e Bruckner ter escrito as sinfonias “Zero” e “Duplo-Zero” antes da Primeira sinfonia.

Mas, enfim, para driblar a tal “maldição”, Mahler escreve um ciclo de canções que está muito mais para uma sinfonia com vozes do que para um ciclo de canções: Das Lied von der Erde, “A Canção da Terra”, baseado em poemas chineses (ainda hei de escrever um post sobre esta obra!). A última canção, que dura mais da metade de toda a obra, é o comovente Abschied, “O Adeus”; ela realmente soa como um verdadeiro adeus ao mundo.

Em seguida Mahler escreve sua sombria Nona Sinfonia, uma obra repleta de referências ao tema do adeus, começando pelo empréstimo do tema da sonata Les Adieux de Beethoven e terminando com uma citação de uma de suas próprias Kindertotenlieder (Canções das crianças mortas). Alguns estudiosos (e eu também) acreditam que esta última citação é uma menção de que Mahler estaria indo ao encontro de sua filha Maria (Putzi), xodó do pai, falecida alguns anos antes. Resumindo, a obra é um verdadeiro adeus à vida. (PS.: também ainda hei de descrever um post sobre esta obra…).

Alma Mahler (1902)

Alma Mahler, esposa do compositor, reportou anos depois que, após o término da Nona Sinfonia, o marido havia dito algo como “terminei, a maldição já era“, uma referência de que Das Lied von der Erde tratava-se realmente de uma sinfonia e de que ele acabara de completar na verdade sua Décima.

E então Mahler começa a escrever sua próxima sinfonia. Durante o processo, o compositor descobriu que sua esposa estava traindo-o com o arquiteto Walter Gropius, e a partitura acabou virando um instrumento de desabafo, com páginas e páginas de mensagens de sofrimento, mas também perdão no final. Sim, esta obra é um verdadeiro adeus à Alma, seu grande amor.

Fases de Composição
Quando Mahler decidia compor, geralmente ele passava por 5 ou 6 fases bem distintas.

I. Sketches
Primeiro, usando um caderninho de anotações, Mahler anotava temas e ideias isoladas para uma nova obra. Porém para a Décima, sabe-se que o compositor não usou nenhum caderno de esboços, iniciando direto pela segunda fase.

II. Compositional sketches ou Preliminary short scores
Rapidamente os esboços da fase inicial se transformavam em trechos de música mais longos, numa primeira tentativa de construir uma música mais contínua. Esses esboços eram escritos em 3 ou 4 pautas, sem grandes indicações de instrumentação, e à medida que eles iam sendo desenvolvidos, eles eram ordenados usando números romanos. O maior trabalho de composição estava nesta fase: trechos grandes eram transpostos, aqui e acolá eram adicionadas inserções, enquanto passagens inteiras eram removidas ou reescritas.

III. Short Score (Particell)
Quando tudo estava ok, os esboços eram “passados a limpo” numa partitura reduzida, geralmente 4 ou 5 pautas, contendo a música completa, de início ao fim, sem interrupções. Aqui e ali Mahler anotava instrumentações importantes, ou mesmo sinais que poderiam identificar um instrumento (ex.: pizzicatos, gestopft). As páginas eram numeradas usando números arábicos, para evitar misturá-las com páginas da fase anterior. Porém, mesmo ainda nesta fase, trechos eram suprimidos ou inseridos quando o compositor achava assim necessário.

Ao escrever a Décima, Mahler passou e concluiu esta fase. Na prática, isto significa que não há nenhum trecho na sinfonia que precise ser escrito por outra pessoa para se evitar uma interrupção na música. Os esboços deixados por Mahler contêm um fluxo de música contínuo, de início ao fim sem pausas.

IV. Orchestral Draft (Partitur)
Aqui a orquestra inteira era aberta na partitura, uma pauta para cada instrumento, e Mahler transcrevia o conteúdo do Short Score para o local adequado, completando as vozes que estavam faltando.

Mahler completou a orquestração do primeiro e segundo movimentos, e 30 compassos do terceiro, deixando o restante do terceiro e os dois últimos movimentos em short score. Normalmente ele faria a orquestração no verão e prepararia a partitura completa (full score) no inverno seguinte. Porém durante o inverno de 1910-1911 ele deixou a Décima de lado para revisar a Nona Sinfonia; se não fosse por isso, ele teria completado a sinfonia antes de maio de 1911.

V. Fair Copy
Por fim, era preparada uma cópia do Orchestral Draft com somente os instrumentos que estão tocando naquele trecho, tal como numa partitura normal para orquestra. Tudo pronto? Ainda não…

Revisões
Mesmo depois de pronta, Mahler ainda fazia revisões e mudanças na partitura, antes, durante e depois de ensaios.

Na página final da sinfonia é possível ler: Por você viver! Por você morrer! Almschi…

.
A história da Décima: de 1910 a 1911

Apesar dos esboços não terem datas anotadas, é possível fazer algumas suposições baseadas nas anotações, correções e adições feitas nas partituras. As cartas de Mahler escritas no verão de 1910 não ajudam muito, já que os assuntos giram ou sobre a estréia da Oitava Sinfonia, ou sobre o caso de Alma com Gropius.

Em algum momento que não é possível identificar, Mahler iniciou os esboços de um Scherzo um tanto diabólico em Mi menor. Talvez pensado como uma obra independente, talvez um movimento de alguma outra sinfonia, o fato é que os esboços acabaram engavetados num canto, abandonados.

Então ele iniciou um Adagio, menor e mais leve do que o que conhecemos atualmente, e em seguida esboçou um Scherzo alegre e jovial como finale de uma sinfonia simples em dois movimentos. Ambos os movimentos são escritos em Fá # Maior e compartilham temas principais (veremos maiores detalhes no post sobre Análise da obra).

Walter Gropius

Eis que Mahler descobre que sua esposa, Alma, estava tendo um caso com Walter Gropius. Os dois haviam se conhecido num spa onde Alma havia tratado de uma depressão após o falecimento de sua filha com Mahler, Maria. Nesse momento todo o planejamento da sinfonia muda. Mahler deixou o scherzo de lado e escreveu num só rompante um movimento curto intitulado “Purgatorio ou Inferno”, resgatou aquele Scherzo diabólico da gaveta e por fim, também num só rompante, escreveu todo o Finale terminando a obra em Si bemol. Este Finale trouxe algumas novas ideias que Mahler incorporou ao Adagio, e assim nasceram as seções de Andante, bem como o terrível acorde dissonante de nove notas (que eu chamo de “Acorde da Crise”).

Alma e Mahler têm então uma conversa séria, e ela promete não tornar seu affair público enquanto Mahler estivesse vivo. Mais: ela promete ficar ao lado dele até o final de sua vida. Vemos um reflexo disso nas partituras: a palavra “Inferno” é riscada do título do Purgatorio, e o Finale é reescrito na tonalidade de Fá # Maior (em outras palavras, um final mais “perfeito” para a história toda). Por último, Mahler trabalha em ambos os Scherzos, com intenção de melhor integrá-los ao conjunto todo, em especial ao plano tonal da obra.

Em seus últimos dias, Mahler disse à esposa que a obra estava “toda preparada em esboços”, e a orientou para fazer o que ela quisesse com o manuscrito. São ao todo 165 páginas organizadas em cinco pastas diferentes, com a ordem dos movimentos marcadas com lápis azul na capa:

1. Adagio
A pasta contém os esboços preliminares, o short score e o draft orquestral.

2. Scherzo-Finale
Apesar do nome “Finale”, este é apenas o segundo movimento da sinfonia. A pasta contém o preliminary short score e o draft orquestral. Mahler nunca chegou a escrever o short score deste movimento; acredita-se que ele fez isso para economizar tempo. Essa “pressa” fica mais evidente ao olharmos o draft orquestral, onde vários trechos estão mal anotados / copiados, e outros tantos apresentam uma orquestração “genérica” demais (ex.: cordas ou madeiras, sem especificar quais).

3. Purgatorio
A pasta contém 30 compassos de draft orquestral, mais os esboços preliminares e o short score.

4. [Scherzo]
O movimento não tem um título; a capa contém vários títulos riscados, mas não há dúvidas de que a música se trata de um scherzo. A pasta contém esboços preliminares e, provavelmente, o preliminary short score no lugar de um short score: a numeração das páginas em números romanos e a caligrafia típica de rascunho confirmam essa hipótese.

5. Finale
A pasta contém esboços preliminares e o short score.

Muito do manuscrito estava difícil de ler, ou muito caótico para se perceber que a música estava completa. Por isso, após a morte de Mahler, os primeiros olhares classificaram a obra como “incompleta”, “muito remendada” ou “impossível de completar”. E mais de 10 anos se passaram com o mundo a se perguntar “como seria uma Décima Sinfonia de Mahler”…

No próximo post veremos como esta história continua a partir de 1911, e como ela chegou aos ouvidos do grande público pela primeira vez. Aguardem!

PS [15/02/2014]: o site IMSLP, famoso por abrigar partituras completas e manuscritos de músicas clássicas, disponibilizou em dez/2013 todos os manuscritos da Décima Sinfonia de Mahler. Os interessados podem clicar aqui e conferir, página por página, tudo o que eu acabei de relatar!

Este post pertence à série:
1. Mahler: Décima Sinfonia – Parte I
2. Mahler: Décima Sinfonia – Parte II
3. Mahler: Décima Sinfonia – Parte III
4. Mahler: Décima Sinfonia – Parte IV

Há exatamente 100 anos, em 18 de maio de 1911, falecia em Viena o compositor e regente Gustav Mahler, vítima de uma endocardite (uma falha nas válvulas do coração) causada por uma bactéria. Ou seja, se fosse nos dias de hoje, um antibiótico poderia salvá-lo…


Este post tem 19 comentários.

19 respostas para “Mahler: Décima Sinfonia – Parte I”

  1. “Mas o texto não tem nenhum exemplo musical?”
    Calma, os próximos posts terão vários extratos, comparações e exemplos práticos de como a obra foi completada.

    De início eu estava preparando apenas uma análise da obra, mas entendi que só isto não ajudaria a quebrar o preconceito existente contra a Décima. Por isso resolvi escrever todos estes posts introdutórios antes.

  2. Eita Amâncio, muito bom seu texto. Recentemente saiu um disco triplo com uma aula fantástica do Deryck Cooke (apesar das várias versões da décima, a dele foi a primeira e ainda é a melhor). A eloquência e as observações precisas de Cooke não deixam dúvidas sobre a importância de se conhecer a obra. Encontramos vários exemplos do que foi deixado por Mahler e daquilo que ele manipulou. E no último disco temos o primeiro registro da sinfonia completa no concertos Proms de 1964. Segue o endereço do disco:
    http://www.amazon.com/Mahler-Symphony-No-10-Philharmonia-Orchestra/dp/B004H167MI/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=music&qid=1305730111&sr=1-1

    Devo confessar, no entanto, que tenho muitas restrições sobre essa obra, principalmente no gigantesco finale. Há uma sensação que falta um elo entre os movimentos. Deryck Cooke, ao contrário do que falo, mostra exemplos claros de determinados temas que aparecem e reaparecem em toda obra, para reforçar a idéia de unidade. Mas mesmo assim, sinto-me perdido. O adágio, no entanto, é inegavelmente uma obra-prima.

    Amancio, aguardo ansioso seus próximos comentários, precisamos de mais luz para enxergar a grandeza dessa notável obra.

  3. Legal, Carlos! Obrigado pelo link; eu consegui a aula do Cooke por “outros canais”, e usarei partes dela para ilustrar meu próximo post.

    De fato, a obra apresenta vários problemas de unidade, plano tonal e de proporção das seções de cada movimento. Mahler estava trabalhando nisso quando foi interrompido pela fatalidade; agora que tenho a partitura, consigo ver isto com bastante clareza. De qualquer forma, a Décima Sinfonia será sempre um “torso inacabado”, e só poderemos ouvi-la e compreendê-la dessa forma bruta e crua – o que não nos impede de apreciarmos seus belos momentos.

  4. Essas obras incompletas sempre deixam muitas dúvidas aos ouvintes. É o caso também do último movimento da Nona do Bruckner. Essa série é muito oportuna ao centenário do Mahler, porque toca em um ponto em que ainda há muito pra explorar desde o básico: simplesmente a introdução de uma obra nova mesmo aos ouvintes mais familiares a Mahler!

    E sobre obras completadas por outra mão, lembrei também da ópera “Die drei Pintos” do Weber, completada por ninguém menos do que Mahler 65 anos depois.

  5. É uma triste história, Amancio. Foi por causa da traição da esposa que Mahler teve uma “consulta” (ou um encontro informal) com Freud?

  6. Não vejo a hora de ler a continuação dessa matéria sobre o Gustav Mahler…obrigado pela dedicação que vocês tem de fazerem essas análises e ainda colocando trechos da composição mostrando ao que se refere o texto. Como diz o Will naquele filme Hancock “Bom Trabalho!”

  7. Eu me arrepio quando ouço aqueles acordes dissonantes, que o Amancio, muito apropriadamente, chama de “Acordes da Crise”. Mahler é tão único porque ele foi, além de ninguem menos que Beethoven, o compositor que teve o que podemos chamar de uma “última fase” (a décima é compatível esteticamente com a Nona, também pertencente a essa última fase, de simetria sinfônica: dois movimentos lentos nas pontas e movimentos rápidos no meio). Mas sinceramente não senti tanto essa falta de elos entre os movimentos…

    Para mim o Adágio a certa altura propõe um conflito que será resolvido no finale, como o típico Mahler das sinfonias 1, 2, 3, 5 e 7 . Bem nesse momento mencionado da terrível explosão dissonante, fica claro o conflito proposto (diga-se de passagem o mais trágico de todas as suas sinfonias, dadas as circunstâncias da sua vida àquela altura).

    Passamos para um Scherzo um tanto quanto descontraído, que lembra muito o Scherzo da primeira sinfonia ‘Titan’; o Purgatório, que assume o mesmo papel do Scherzo da segunda sinfonia, gerando aquela expectativa de resolver o problema insinuado no primeiro movimento; um diabólico Scherzo II (Mahler aqui me parece revolucionário novamente, por introduzir 2 scherzos numa mesma sinfonia, além dos dois adágios nas pontas). No finale, após um tenso início dominado pelo bombo militar, uma flauta entoa uma doce e memorável melodia, então o perpetuum mobile do Purgatório é resgatado como um plano de fundo. Então culminamos no Acorde da Crise novamente. Em seguida solenemente os chifres resgatam a introdução do primeiro movimento, e o conflito finalmente se resolve nas cordas com uma beleza incomparável, em tonalidade maior, digna de um dos mais belos adágios já escritos, para trazer o triunfo de um herói que diz seu adeus como quem tivesse cumprido seu trabalho aqui na Terra e ainda teve tempo de dizer seu Adeus à Alma, a Mozart (suas últimas palavras foram “Minha Alminha”, referindo a sua esposa, e “Mozart”), e a toda a humanidade (com sua décima concluída).

  8. Caríssimo Amancio, este post está fascinante. Aguardo os post´s posteriores – perdoe-me este cacófato – ansiosamente. Um presente e tanto à memória de Mahler. Eu confesso, como havia lhe dito antes, que ainda estava apreciando a 4ª S. Pois bem, pulei à décima para melhor poder acompanhá-lo. Consegui 4 gravações: A de Simon Rattle com a Filarmônica de Berlim, a de Berstein com a Vienna Philharmonic Orchestra (Wiener Philharmoniker), a de Gianandrea Noseda da BBC Philharmonic, e ainda a de Bernard Haitink com a Orquestra Real do Concertgebouw.
    Estou apreciando essas gravações, ouvindo-as aos poucos e muito, percebendo umas coisinhas aqui, acolá; até tive um heurístico Déjà vu!!!

  9. Alguém por favor poderia me responder se Mahler compôs algum adagio ou andante em tonalidade menor?

    Obrigado.

  10. Bem, falando apenas das sinfonias, eu posso citar de memória as duas marchas fúnebres: da Primeira Sinfonia, Ré menor, e da Quinta Sinfonia, Dó # menor. Mas os movimentos de Mahler são sempre muito grandes e abrangentes, e mesmo os Andantes da Segunda e Sexta Sinfonia tem grandes seções em tom menor, assim como o Andante comodo da Nona e o próprio Adagio da Décima.

  11. Se não me engano o Poco Adagio introdutório do segundo movimento da oitava sinfonia também está em tonalidade menor.

    Acho curioso que a tonalidade principal da maioria dos seus adagios seja maior, os movimentos lentos costumam ter uma reflexão mais otimista em Mahler, deixando a parte mais trágica ou lamentosa e pessimista para movimentos mais majestosos e rápidos.

  12. De novo vale a pena lembrar: os movimentos em Mahler costumam ter muitas, muitas seções, e cada seção tem seu andamento e tonalidade próprios. Augusto lembrou bem do início do segundo movimento da oitava (que tem mais de 50 minutos, certo? podemos considerá-lo “movimento lento”? Maybe…).

  13. É verdade! já lembrei do segundo tema do andante da 2º sinfonia, meio dramático…Belo andante diga-se de passagem!!!

    O andante da nona tem aquele trecho do “adeus” em tom menor né? resquício do Les Adieux do Beethoven…

    Abraços!

  14. Amancio Cueto Jr,

    quando você fará uma análise também da Nona de Mahler?
    Essa sua análise da Décima permite ouvi-la de forma totalmente diferente. Magistral!
    Esperamos ansiosamente por uma análise também da Nona!!!

    Abraço!!!!

  15. Olá Alex, que bom que vc gostou da série! Fico feliz de saber que ajudei mais um a entender uma obra tão complexa.

    Realmente uma análise da Nona de Mahler está sim nos meus planos, mas não se anime muito, talvez demore algum tempo até sair pois tenho uma lista grande de obras para analisar antes. Sem dúvida, ela é uma sinfonia maravilhosa, uma série de posts sobre ela seria algo espetacular.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *